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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Por volta de 1940

A máquina dos sonhos de Hollywood ditou a moda. A Rainha Elizabeth se casou em 47, vestindo duas tendências: o cetim e a coroa. Num modelo comprido e evasê, com detalhes, um transpassado assimétrico e o justo colado com rabo de peixe. 
Em 1950, nosso desafio não é menor - o grande medo de ficar solteira ainda persistia na década de 50; os casamentos da Rainha Elizabeth e Grace Kelly foram os marcos do novo estilo, coroa, vestido com cauda, véu longo, mangas justas e saiotes; rendas vazadas mostravam o colo. 

Sessenta

Beatles, Jovem Guarda e festivais de MPB. A rebeldia era traduzida pelos minis; osvestidos eram simples, com recortes abaixo do busto, tubinhos ou evasê e mangas de sino. Tarefas como cozinhar, lavar, passar, limpar a casa e cuidar dos filhos eram deveres exclusivamente femininos. O homem ajudava, quando muito, fazendo algum pequeno reparo. Essa ordem das coisas não era contestada. As revistas femininas pregavam às leitoras que elas não tinham o direito de questionar a divisão dos papéis nem deviam exigir a participação do marido nos serviços do lar, "sob pena de comprometer o equilíbrio conjugal".

Na década de 70

Surgiram os movimentos feministas organizados e a emancipação da mulher. As "prendas domésticas" continuavam a ser a arma feminina para segurar o casamento. Segundo as próprias revistas femininas, manter a casa agradável, o marido satisfeito e saber administrar o orçamento doméstico eram a receita da "companheira perfeita". Uma companheira, diga-se, que pouco participava dos interesses do marido fora de casa, nem compartilhava com ele seus anseios. Lançaram-se as publicações "Nós Mulheres" e "Brasil Mulher", o Jornal das Moças e O Cruzeiro bombardeavam a cabeça das leitoras com conselhos como "Não telefone para o escritório dele para discutir frivolidades"; "Não se precipite para abraçá-lo no momento em que ele começa a ler o jornal"; "Não roube do marido certos prazeres, mesmo que esses a contrariem, como fumar charuto ou deixar a luz do quarto acesa para ler antes de dormir". Um pouco de Julieta e de hippie, em vestidos justos nos braços e de mangas bufantes. Saias longas cortadas na cintura, rendas e flores em outros tons.

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